terça-feira, 30 de junho de 2009

Leptospirose mata sete pessoas este ano no CE

Após as chuvas, o Estado registra epidemia de leptospirose. Em Fortaleza, foram confirmados 30 casos.O Ceará vive um novo surto de leptospirose. Até a última sexta-feira, 57 pessoas contraíram a doença transmitida pela urina do rato e sete delas morreram, sendo quatro de Fortaleza, duas em Russas e uma em Itapipoca, de acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretária de Saúde do Estado, Manoel Fonseca.Os casos confirmados este ano representam 76% do total do registrado em 2008, quando o Estado teve 75 ocorrências confirmadas. Fonseca diz que já esperava por uma epidemia de leptospirose em função das fortes chuvas deste ano. Das 57 pessoas contaminadas pela bactéria Leptospira, 30 casos foram confirmados em Fortaleza. “A maior parte das pessoas reside ao longo do Rio Maranguapinho”, informou Fonseca.Hoje, a Sesa divulga uma nota técnica sobre o avanço da doença no Estado. Além da Capital cearense, a nota revelará, por exemplo, a ocorrência de seis pessoas doentes em Uberlândia, três em Itapipoca, dois em Russas, um em Pacoti e outro em Guaramiranga, entre outros municípios afetados.No Hospital São José, referência no atendimento de doenças contagiosas, seis pacientes do sexo masculino estavam internados para tratamento, quatro de Fortaleza e dois do Interior. “Dois pacientes tiveram alta hoje (ontem)”, confirmou o diretor da unidade, Anastácio Queiroz.Segundo ele, o tratamento é à base de hidratação, remédios para febre e dor, antibióticos e diálise, quando ocorre insuficiência renal aguda. Em geral, o doente fica internado uma semana. Quando o quadro evolui para insuficiência renal, “a permanência pode ser de até três semanas, pois só damos alta quando o paciente está bem”, frisou o diretor da unidade.Entre os pacientes internados ontem no Hospital São José, o infectologista disse que apenas um homem está fazendo hemodiálise”. Contudo, “todos que permanecem internados apresentam comprometimento hepático e renal“, completou o diretor da unidade.Queiroz esclarece que o período de Incubação da doença pode chegar a 30 dias após o contato com a urina do rato, depositada em água contaminada. Em média, os primeiros sintomas se manifestam de sete a 15 dias. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele.Ele alerta que se a leptospirose não for tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite (inflamação na membrana ao redor do cérebro e cordão espinhal), falha nos rins e problemas respiratórios. Em raras ocasiões a leptospirose pode ser fatal. As formas leves são confundidas com infecção viral ou com outras doenças. “Se não fizer os testes de laboratoriais de sangue ou urina, o paciente será tratado como virose e, na realidade é leptospirose”, argumenta Queiroz. Para evitar o contágio, a pessoas não deve entrar em águas sujas, trabalhar calçado. Mais informações:Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa (85) 3101.5189Hospital São José (85) 3101.2321

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