sábado, 10 de outubro de 2009

PESQUISA PNAD-Brasileiro vive mais 3,3 anos

Rio de Janeiro. .O IBGE divulgou ontem a Síntese dos Indicadores Sociais de 2008, com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) por grupos de cor ou raça, para crianças, adolescentes e jovens, para idosos e para mulheres. O Estudo mostrou que a expectativa de vida cresceu 3,3 anos em 10 anos no País. A situação é mais favorável às mulheres, que aumentaram a expectativa de vida de 73,6 para 76,8 anos, enquanto a dos homens foi de 65,9 para 69,3 anos.De 1998 a 2008, a proporção de casais sem filhos cresceu, passando de 13,3% para 16,7%, acompanhando a queda da fecundidade. No mesmo período dobrou a proporção dos jovens cursando o ensino superior: de 6,9% para 13,9%. Em 2008, Dois terços dos jovens brancos e menos de um terço dos pretos e pardos cursavam o nível superior. 14,7% dos brancos e somente 4,7% dos pretos e pardos adultos tinham superior completo em 2008.A mortalidade infantil caiu 30% em dez anos, passando de 33,56 % para 23,59 %. No mesmo período, com a queda da fecundidade, a população com menos de um ano de idade diminuiu 27,8%. Em 2008, o Brasil já contava com 21 milhões de idosos. Em números absolutos, esta população com mais de sessenta anos já superava a da França, Inglaterra ou Alemanha.Mas, ao contrário desses países, 32,2% dos idosos brasileiros não sabiam ler e 51,4% eram analfabetos funcionais. Em 2008, Brasil tinha 19,7 milhões de migrantes, e uma densidade demográfica de 22,3 habitantes por quilômetro quadrado. Já o número de casamentos registrados nos cartórios do país cresceu 31,1%.A Síntese revelou que a tendência de aumento da frequência à escola na primeira infância foi verificada, embora em ritmo lento. O maior crescimento da taxa foi para a faixa dos 4 a 6 anos: de 57,9%. Na faixa de 18 a 24 anos houve avanços, com a queda de 8,6%, em 1998, para 2,9%, em 2008, na taxa de jovens nessa faixa etária que ainda estavam no ensino fundamental. Embora persistam as desigualdades regionais. No Nordeste, que tem o menor percentual, apenas 8,2% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam escola, enquanto no Sul, tem o dobro: 19,0%.Seguindo a tendência de queda da fecundidade no país, as mulheres jovens estão tendo menos filhos. Em 1998, 7,6% das adolescentes de 15 a 17 anos já tinham filhos, e em 2008 o percentual caiu para 6,3%. No entanto, a escolaridade média das mulheres é superior a dos homens. Em 2008, na área urbana, a média de escolaridade das mulheres ocupadas foi de 9,2 anos de estudos, enquanto para os homens foi de 8,2.Entre 1998 e 2008, a proporção dos que viviam sozinhos passou de 8,4% para 11,6%. Nas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre (16,0%) e Rio de Janeiro (14,9%), há percentuais maiores que a média nacional. O total de migrantes inter-regionais em 2008 foi de 19,7 milhões de pessoas. O maior grupo foi o de nordestinos, com 10,5 milhões, 53,4% do total. O Sudeste continua o maior polo de atração dos nordestinos, com 66,9% destes migrantes. Dos 704 mil estrangeiros, 70,3% foram para o Sudeste. Nas Regiões Metropolitanas, para cada 100 mulheres, existiam apenas 94 homens. EM DEZ ANOSCai proporção de domicílios com mais de uma famíliaRio de Janeiro. .Em dez anos, caiu a proporção de domicílios onde convivem mais de uma família: era 7,0% em 1998, passando para 5,1% em 2008, em números absolutos, correspondendo a cerca de 2,9 milhões de domicílios.Em 94,9% dos domicílios particulares permanentes, residia somente uma família, enquanto em 5,1% viviam duas ou mais famílias. A chance de se encontrar domicílios com famílias conviventes no Nordeste é 60% maior do que no Sudeste.O tamanho médio dessas famílias conviventes, no país, é 2,6 pessoas por família. Em cerca de 39% dos casos, o motivo alegado para a convivência foi a "vontade própria".AnalfabetismoSegundo a PNAD 2008, a população brasileira com 60 anos ou mais ainda mantinha altas taxas de analfabetismo: 32,2% não sabiam ler e escrever e 51,7% eram analfabetos funcionais. Já sua média de anos de estudo era de apenas 4,1, aumentando um ano em relação a 1998 (3,0).Os idosos nordestinos tinham a média mais baixa, 2,7 anos, e os do Distrito Federal 6,6 anos.

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