quinta-feira, 1 de outubro de 2009

TUBERCULOSE-Novo tratamento irá reduzir casos

Somente no ano passado, foram registrados no Ceará 3.700 novos casos de tuberculose, dos quais 1.700 na Capital. Já do início deste ano até ontem, chegou a 102 o número de óbitos em Fortaleza associados à doença. Entretanto, uma novidade traz a possibilidade de reversão desse quadro: em novembro próximo, o Ceará receberá do Ministério da Saúde a remessa de um novo tratamento denominado Dose Fixa Combinada (DFC), que consiste na associação em uma mesma cápsula de quatro componentes químicos.A vantagem da terapia é que ela aumenta a eficácia do tratamento com a inclusão de uma quarta droga em um mesmo comprimido, o que reduz o abandono ao tratamento. Cada comprimido contém rifampicina, isoniazida, pyrazinamida e etambutol, substâncias que atuam na eliminação do bacilo de Koch, causador da doença.O primeiro lote do novo medicamento, adquirido pelo Ministério da Saúde, acaba de ser enviado ao País pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto o Ministério anuncia que a distribuição do novo esquema terapêutico aos estados acontecerá ao longo deste mês, ontem, a informação que circulava nas secretarias de Saúde do Estado e do Município era a de que a distribuição do DFC no Ceará pode se estender até novembro ou mesmo dezembro. Mas predominava o otimismo em relação à melhoria que pode advir do novo tratamento.A quantidade de medicamentos destinada ao Ceará ainda não está determinada, podendo corresponder à necessidade para o tratamento de todos os enfermos no período de seis meses, acredita o médico Manoel Fonseca, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). O médico adiantou que está prevista, para o fim deste mês, a realização de um seminário visando discutir como será o novo tratamento e a administração das drogas.O médico informou que os estudos da Sesa indicam que, em 2005, foram contabilizados 3.994 registros de tuberculose; em 2006, 3.528; 2007, 3.493, e em 2008, 3.721. Já em Fortaleza, em média, são identificados 1.700 novos casos ao ano.Apesar da tendência de manutenção dos números, o quadro é preocupante, alerta a técnica da Secretaria de Saúde do Município, Heloísa Gurgel, esclarecendo que os conglomerados habitacionais e as dificiências nutricionais contribuem para os registros.Mais informações:Secretaria da Saúde do Estado (Sesa)http://www.saude.ce.gov.br/(85) 3101.5124(85) 3101.5126

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