
Confira cobertura completa- Serão distribuídas 400 mil doses em postos de saúde e escolas municipais em Campo Grande. Segundo as autoridades de saúde do município, essa é mais uma medida preventiva para fortalecer o sistema imunológico da população. Não é a cura da gripe A. “Deve ficar bem claro que não se trata de vacina. É uma prevenção homeopática, mais um cuidado do nosso município prevenindo a infecção em muitas pessoas”, afirma Rita de Cássia Loureno, presidente da Sociedade de Homeopatia de Mato Grosso do Sul.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) respeita a decisão da Secretaria de Saúde de Campo Grande. “Não faz parte do manejo clínico da Vigilância Epidemiológica da influenza, do H1N1, mas se for orientação da homeopatia, que é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, será na melhor intenção, como medida profilática”, diz Antônio Carlos Bilo, presidente do CRM.
Os infectologistas são mais cautelosos. “A gente tenta trabalhar em cima de literatura científica. Com coisas que comprovadamente são eficazes, que já foram tema de estudos. Eu, como infectologista, desconheço essa questão de estudo, eficácia”, diz Andréa Lindemberg, infectologista e ex-presidente da Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul. “A gente imagina que funcione como um elemento de estabilização do humor, como um elemento de calma”, afirma o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvêncio Furtado, disse que desconhece estudos que comprovem a eficácia de medicamentos homeopáticos no tratamento da nova gripe. O Ministério da Saúde reconhece o valor terapêutico da homeopatia em alguns tratamentos pelo SUS, mas, no caso da nova gripe, o ministério afirmou que nenhum medicamento homeopático está indicado. A Secretaria de Saúde de Campo Grande já tinha usado a homeopatia durante o surto de dengue no verão de 2007.
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