sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Obesidade aumenta risco de apresentar Alzheimer, afirma pesquisa

Além dos riscos de doenças cardíacas, a obesidade também aumenta as chances de desenvolver mal de Alzheimer, de acordo com um estudo de duas universidades sobre o problema, divulgado na quarta-feira (26).
A revista especializada "Human Brain Mapping" traz os resultados da pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) e da Universidade de Pittsburgh, que descobriu que as pessoas obesas de idade avançada tinham em média 8% menos tecido cerebral que as com peso normal. Da mesma forma, os adultos mais velhos e com sobrepeso tiveram 4% menos tecido cerebral que os com um peso adequado.
"Isso é uma grande perda de tecido, que diminui as reservas cognitivas, colocando [os afetados] em um risco muito maior de [ter] Alzheimer e outras doenças que atacam o cérebro", afirmou Paul Thompson, professor de neurologia da UCLA e diretor do estudo.
Cerca de 70% dos latinos adultos da Califórnia apresentaram sobrepeso ou eram obesos em 2005, segundo dados do Departamento Estadual de Serviços de Saúde. O fato, de acordo com a pesquisa de UCLA-Pittsburgh, os deixa com maior risco de sofrer demência senil.
O estudo utilizou imagens cerebrais de uma pesquisa anterior e selecionou testes de 94 idosos na faixa etária compreendida entre 70 e 80 anos, e que eram saudáveis cinco anos após terem sido feitas as imagens do cérebro.
Para determinar a obesidade ou o sobrepeso foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) --que calcula a gordura corporal pela relação entre peso e altura-- e aponta com peso normal as pessoas entre 18,5 e 25. As pessoas com IMC entre 25 e 30 são qualificadas com acima do peso, enquanto as que apresentam mais de 30 IMC são consideradas obesas.
Ao analisar tanto a "matéria cinza" como a "matéria branca" refletidas nas imagens cerebrais, os cientistas observaram que as pessoas obesas tinham menos tecido cerebral nos lóbulos frontais frontal e temporal (áreas do cérebro essenciais para o planejamento e a memória).
Elas apresentavam menos massa na parte anterior da circunvolução cingulada, área da parte média do cérebro --conhecida comumente como cíngulo-- ligada à funções de atenção e execução.
As imagens também mostravam alterações no hipocampo (situado no lóbulo temporal e relacionado com a memória a longo prazo) e os gânglios basais (que se relacionam com a função do movimento).

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