sábado, 29 de agosto de 2009

Médicos relatam forma mais agressiva da gripe suína, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (28) que médicos estão relatando uma forma mais severa de gripe suína que vai direto aos pulmões e causa uma forma grave da doença até mesmo em jovens até então saudáveis, e gera a necessidade de uma internação hospitalar de alto custo. Os relatos mostram que, em alguns países, até 15% infectados pelo vírus H1N1 precisam de cuidado hospitalar, pressionando ainda mais os já sobrecarregados sistemas de saúde. "Medidas preparatórias precisam antecipar essa demanda crescente das unidades de cuidado intensivo, que podem ser sobrecarregadas por um aumento repentino no número de casos graves”, diz o relatório divulgado pela OMS. Ainda segundo a OMS, nesses pacientes, o vírus infecta diretamente o pulmão, causando insuficiência respiratória grave. “Essas vidas dependem de um cuidado altamente especializado nas unidades de tratamento intensivo, em geral com permanências longas e caras”. O documento também identifica onde a doença está em avanço. No Japão, diz a OMS, o vírus atingiu níveis epidêmicos, o que sinaliza um início do que pode ser uma longa temporada da gripe este ano. Em áreas tropicais o avanço da doença também está piorando. A OMS afirma estar aconselhando os países do Hemisfério Norte a se preparar para uma segunda onda de disseminação pandêmica. "Os países com climas tropicais, onde o vírus pandêmico chegou depois do que em outros locais, também precisam se preparar para um número crescente de casos”. O alerta também vale para populações indígenas que podem apresentar um risco maior de ficar gravemente doentes por causa do vírus da gripe suína. "Em alguns estudos, o risco desses grupos é de quatro a cinco vezes maior do que na população geral”, diz a OMS. Como praticamente ninguém tem imunidade ao novo vírus H1N1, os especialistas acreditam que a doença infectará até um terço da população mundial. A nova gripe também afeta de forma desproporcional pessoas mais jovens, diferentemente da gripe habitual, que expõe mais os idosos. Os dados da OMS continuam a mostrar que determinadas condições médicas aumentam o risco de doença grave e fatal, como doenças respiratórias, em especial a asma, doença cardiovascular, diabetes e baixa imunidade. Entre tantos dados negativos, a OMS ressalta uma notícia positiva: as pessoas infectadas pelo vírus da Aids parecem não correr especial risco de contrair o H1N1.

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