segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Confirmada transmissão sustentada

Dois dos 55 casos confirmados de Influenza A em Fortaleza estão relacionados à transmissão sustentada, quando não se consegue identificar o vínculo epidemiológico com a pessoa infectada, ou seja, quando é transmitida de pessoa a pessoa. A informação é do presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A, Manoel Fonseca. Apesar de no Brasil, desde o último dia 16 de julho, o Ministério da Saúde, ter anunciou que já existia transmissão sustentada da nova gripe no território brasileiro, no Ceará, essa confirmação, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), só aconteceu agora com a investigação desses casos.Isso significa que, além das pessoas que se infectaram no exterior e as que tiveram contato com elas, há outras sem vínculos com esses grupos que pegaram o vírus H1N1. Conforme Fonseca, é a situação de dois casos confirmados no Ceará. “Não foi possível identificar o vínculo com a pessoa infectada. Os pacientes disseram que não tiveram contato com estrangeiros e também não viajaram. No entanto, citaram terem ido ao Fortal”, explicou.O presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A destacou que a higiene é a melhor forma de prevenir a infecção pelo vírus da Gripe A. “Não tem outra forma de se prevenir. As pessoas que apresentarem os sintomas devem procurar imediatamente um serviço de saúde. A orientação é sair de casa somente 48 horas depois de desaparecerem todos os sintomas”, alerta, informando que o tempo de transmissão da doença é de aproximadamente sete dias em adultos e de até 14 dias entre crianças e adolescentes.A Sesa elaborou e divulgou, conforme Manoel Fonseca, na última sexta-feira, nota que alerta a população sobre a necessidade de manter os ambientes de escolas, empresas, transportes e espaços de uso coletivo mais protegidos das doenças respiratórias, em especial a nova gripe, a influenza A (H1N1). As informações estão disponíveis no site http://www.saude.ce.gov.br/. GRÁVIDAS-Obstetras participam de atualização preventivaAs grávidas e seus bebês fazem parte do grupo de risco para a Gripe A. No entanto, apenas um caso de infecção pelo H1N1 em grávida foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) no Ceará. Por isso, no sábado pela manhã, médicos ginecologistas e obstetras de hospitais e maternidades da rede privada e pública participaram do “Seminário sobre os cuidados com as grávidas e os recém-nascidos contra a influenza A (H1N1)”, no Hotel Mareiro.“Queremos saber como proceder diante de casos de influenza A em grávidas e como será dado o suporte para essas pacientes”, destacou a presidente da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia (Socego), Gilda Leite. Ela informou que os obstetras estão em alerta contra a Gripe A, mas precisam ser informados, por exemplo, sobre o tratamento e acesso aos medicamentos como o oseltamivir, com nome comercial de Tamiflu.Na oportunidade, a médica infectologista da Sesa, Dione Rolim, apresentou vários quadros clínicos comentados das pacientes vítimas de Influenza A no Brasil, sua evolução e condutas adotadas.Já o coordenador da Saúde da Mulher da Sesa, o médico ginecologista Garcia Neto, alertou que o antiviral oseltamivir deve ser utilizado com bastante restrição no primeiro trimestre da gravidez. Isso porque, como se trata de uma droga relativamente nova, não existem estudos conclusivos quanto à sua segurança na gestação.De acordo com o médico, o remédio é utilizado no segundo e terceiro trimestres da gravidez, mas somente receberão doses as pacientes que forem avaliadas por infectologista no Hospital São José (HSJ), unidade de referência.FIQUE POR DENTRO-28 grávidas morreram com a gripe A no País.De todos os casos confirmados de influenza A (H1N1) com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, 135 são gestantes (8,5%), conforme o Ministério da Saúde.No País, das 192 mortes , 28 foram mulheres grávidas (14,5%) e, entre as que morreram, oito tinham pelo menos um outro fator de risco.Do total de mulheres em idade fértil com o novo vírus, 22,4% são gestantes, enquanto que para influenza sazonal, 14,7% são gestantes.Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 25 de abril e 8 de agosto, foram registrados 11.927 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no País.Do total, 2.057 foram confirmados para algum tipo de vírus influenza, sendo 55% em mulheres. Entre os casos positivos para influenza, 1.586 (77%) foram confirmados para o novo vírus e 471 (23%), para a influenza comum.FONTE: Ministério da Saúde

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