Cientistas argentinos desenvolveram um método que melhora as amostras de espermatozoides utilizadas para as técnicas de fertilização assistida, segundo confirmaram biólogos nesta quarta-feira (26).
"A nova metodologia consiste na seleção dos espermatozoides que são usados em um procedimento de reprodução assistida", disse a bióloga argentina Vanesa Rawe.Rawe, do Centro de Estudos em Ginecologia e Reprodução (CEGyR) da Argentina, líder da pesquisa, explicou que essa seleção está baseada em uma propriedade molecular que têm certos espermatozoides anormais e que consiste "na exposição de uma molécula na porção exterior do espermatozoide".
São os denominados espermatozoides apoptóticos, aqueles que "têm níveis de fragmentação do DNA elevados e que têm uma má previsão para fecundar com sucesso um óvulo e gerar um embrião com possibilidades de implantação", explicou a investigadora.
"Com uma filtração que reconhece essa molécula, é possível enriquecer a amostra de espermatozoides, descartando os anômalos e utilizando só os normais para fecundar óvulos", acrescentou a cientista.
Técnicas similares já tinham sido utilizadas na Alemanha para a reprodução animal, mas os cientistas argentinos desenvolveram um método para aplicá-lo a pacientes humanos com problemas de fertilidade.
"Conseguimos obter gravidezes com este método e, em breve, vamos ter nascimentos", informou Rawe.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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