quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cientistas melhoram qualidade de espermatozoides usados em fertilização

Cientistas argentinos desenvolveram um método que melhora as amostras de espermatozoides utilizadas para as técnicas de fertilização assistida, segundo confirmaram biólogos nesta quarta-feira (26).
"A nova metodologia consiste na seleção dos espermatozoides que são usados em um procedimento de reprodução assistida", disse a bióloga argentina Vanesa Rawe.Rawe, do Centro de Estudos em Ginecologia e Reprodução (CEGyR) da Argentina, líder da pesquisa, explicou que essa seleção está baseada em uma propriedade molecular que têm certos espermatozoides anormais e que consiste "na exposição de uma molécula na porção exterior do espermatozoide".
São os denominados espermatozoides apoptóticos, aqueles que "têm níveis de fragmentação do DNA elevados e que têm uma má previsão para fecundar com sucesso um óvulo e gerar um embrião com possibilidades de implantação", explicou a investigadora.
"Com uma filtração que reconhece essa molécula, é possível enriquecer a amostra de espermatozoides, descartando os anômalos e utilizando só os normais para fecundar óvulos", acrescentou a cientista.
Técnicas similares já tinham sido utilizadas na Alemanha para a reprodução animal, mas os cientistas argentinos desenvolveram um método para aplicá-lo a pacientes humanos com problemas de fertilidade.
"Conseguimos obter gravidezes com este método e, em breve, vamos ter nascimentos", informou Rawe.

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