quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CE é o 2º Estado do Nordeste em casos de dengue

Apesar de os casos de dengue terem caído 47,9% em 2009 no Brasil, conforme balanço parcial do Ministério da Saúde divulgado no último dia 24, o Ceará ainda ocupa a segunda posição entre os estados do Nordeste do País e a sétima, no ranking nacional.Com 13.334 casos notificados entre janeiro e 4 de julho deste ano, o Estado, na região, só perde para a Bahia, único nordestino que, em vez de redução, apresentou quase o triplo de notificações da doença se comparado ao mesmo período do ano passado.No período de referência do balanço em 2008, o Ceará registrou 62.610 casos. Com essa marca, o Estado foi primeiro absoluto do Nordeste em número de notificações. Quase 22 mil casos a mais o distanciaram do segundo colocado, o Rio Grande do Norte, com 40.828 notificações em 2008. Vale ressaltar que, este ano, mesmo ainda amargando a segunda posição, o Ceará despencou para a marca de 13.334 casos da doença.Para Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a situação está controlada e são cinco os motivos que levaram a essa condição mais confortável. Primeiro, a mobilização social em torno do combate à doença. "Igrejas evangélicas, colégios, Correios, todo mundo fazendo a sua parte para evitar a proliferação do mosquito". Além disso, a mídia, que, avalia Fonseca, atuou de forma eficaz na divulgação de medidas preventivas; o controle de ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), especialmente o atelamento das caixas d´água; o uso dos carros fumacê; e a capacitação de profissionais da saúde.Na avaliação do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alex Mont´Alverne, o número ainda elevado de casos notificados se comparado ao restante do País pode estar associado, entre outras questões, a uma "preocupação excessiva" das autoridades de saúde locais na busca ativa de notificações."Houve casos em que só a avaliação clínica foi usada para notificar um caso, que, posteriormente, não foi confirmado", cita como exemplo. Ainda segundo Mont´Alverne, o risco de um novo pico epidêmico não deixou de existir por completo e que a população e o poder público não devem baixar a guarda.O último informe semanal da dengue divulgado no dia 21 de agosto passado pela Sesa também aponta redução em relação ao número de casos confirmados da doença. Pegando como referência praticamente o mesmo intervalo de tempo de janeiro a julho deste ano e o comparativo com 2008, assim como fez o Ministério da Saúde em relação ao seu último boletim parcial, caiu de 43.031 para 4.373 o número de confirmações.Os casos de dengue hemorrágica também sofreram importante queda de 2008 para 2009. De janeiro a julho deste ano, foram confirmados 18 casos de dengue hemorrágica no Ceará, contra 440 do mesmo período do ano passado.Fortaleza continua absoluta em número de casos. Este ano, de janeiro a agosto, são 3.717 confirmações. Seguem a Capital os municípios de Altaneira, com 64 casos confirmados; Tamboril, com 60; Mombaça, com 59; e Morada Nova, com 51. CASOS CONFIRMADOS-Fortaleza, a maior vítima da doença.A Capital cearense, tendo em vista características como contingente populacional, ainda é a que mais concentra o maior número de casos confirmados da doença. Apesar de Fortaleza, segundo Alex Mont´Alverne, apresentar um índice de infestação de 0,4 - menos da metade do que o Ministério da Saúde considera aceitável, que é de 1% -, o município registrou quase 34 mil confirmações da doença em 2008 e já concentra 3.717, este ano. Só no ano passado, concentrou cerca de 80% dos casos confirmados no Ceará.Ainda de acordo com Mont´Alverne, a Capital conseguiu reduzir drasticamente o número de casos confirmados de janeiro a julho de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 32.717 casos de janeiro a julho de 2008 contra 3.711 no mesmo período deste ano."Isso se deve a um número maior de agentes sanitaristas, as ações preventivas, participação relevante da mídia no tema, mobilização nas Secretarias Executivas Regionais (SERs), mudança para um agente larvicida mais potente", avalia.

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