terça-feira, 11 de agosto de 2009

Academias apostam na higiene

Engana-se quem pensa que o contágio da nova gripe ou gripe A (H1N1) se dá somente pelo ar. Na verdade, como ressalta o médico infectologista Carlos Jaime de Araújo Filho, a transmissão do vírus acontece, principalmente, pelo contato direto com secreções de pessoas contaminadas.Assim, estão vulneráveis aqueles que pegam em instrumentos os materiais em que há gotículas infectadas e as levam para boca, nariz ou olhos.Para saber dos cuidados com essa forma de contágio, algumas academias de musculação na Capital e os profissionais e os alunos estão lidando, ou modificando hábitos, para se prevenirem da popular gripe suína.Até porque não há consenso na literatura médica do tempo de permanência do vírus no ambiente e nem das condições que o favorecem.Como ressaltou o infectologista, autores defendem que o vírus da gripe A pode permanecer ativo de horas até três dias, caso o clima seja mais frio e úmido. Por isso mesmo, aconselha, uma das alternativas é o cuidado com a higienização individual em relação aos aparelhos e instrumentos, além de não criar pânico com a pessoa que espirre ou tussa por perto.Medidas preventivas-Na Academia New Planet, conforme destaca o coordenador e educador físico Henrique Gurgel, várias medidas foram tomadas para orientar sobre a nova gripe. Logo na entrada, há perguntas e respostas fixadas no balcão para qualquer dúvida sobre a doença.Por outro lado, mais frascos de álcool, sem serem diluídos, foram espalhados pela academia; vinhetas com dicas foram inseridas entre as músicas; além de deixar à disposição toalhas de alta absorção para que seja realizada a limpeza dos aparelhos pelo usuários e descartada, após um treino.“Temos funcionários que já fazem a limpeza dos aparelhos. Com a nova gripe, passamos a orientar mais os alunos, sobretudo a passar álcool nos aparelhos com a toalha de alta absorção, que não substitui a toalha de rosto”, comenta. Já na Academia Energy, as mudanças, como reconhece o educador físico e instrutor de musculação Carlos Moura, não foram tantas. Porém, a academia passou a disponibilizar de quatro a seis frascos de álcool.Para Moura, no local, não há uma preocupação tão grande com os cuidados necessários devido à gripe. Tanto é que, como recorda, desde o início dos casos apenas um aluno questionou sobre a doença. No entanto, ele também justifica, que muito do trabalho dos profissionais é facilitado pelo fato de os usuários serem bem informados e já utilizarem cuidados individuais.Na Academia Via Clinic Fitness, a situação também não é diferente da anterior, como comenta o educador físico e professor de musculação Bruno Gurgel. De acordo com ele, diariamente já acontece a limpeza dos aparelhos, realizada pelos funcionários.No mais, conforme Araújo Filho, o uso de água e sabão continua sendo extremamente necessário. Até porque, alerta, o vírus da nova gripe “não resistem ao sabão e à água, já que eles causam a inatividade do vírus”. O médico ainda acrescenta que “não adianta ter pânico e correr para as emergências dos hospitais”. VÍRUS H1N1-Diretores da rede pública e privada recebem esclarecimentos.Professores e diretores de escolas da rede pública municipal e particular de Fortaleza estão recebendo orientações técnicas sobre a gripe suína para evitar novos casos da doença na volta às aulas. “Os professores devem ficar atentos aos primeiros sintomas e, se o aluno estiver com febre alta e tossindo, por exemplo, deve entrar em contato com a mãe para que venha buscar o filho”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Alex Mont´Alverne.Com o treinamento, ele espera que as escolas orientem os alunos e também os pais sobre os cuidados básicos de higiene, que são necessários para evitar o contágio da doença.Mont´Alverne disse que, alguns pais podem ficar chateados com essa recomendação de manter o filho em casa, se estiver com os sintomas de gripe, mas “na escola o aluno não pode ficar, pois o risco de contágio é muito elevado e as crianças saudáveis seriam prejudicadas”, reforça o secretário.Ontem, o treinamento foi dirigido para estabelecimentos da Regional VI, que tem 68 mil estudantes matriculados. O chefe do Distrito de Educação da Regional VI, José Círio Pereira Filho disse que a preocupação dos diretores, gestores, alunos e dos pais é normal diante da pandemia da gripe suína, mas não há pânico.

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